segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Crianças Adultas e Concursos de Miss Mirim

Como quarta-feira é o Dia das Crianças, eu gostaria de chamar atenção para um assunto bem delicado: o mundo das crianças que se vestem e se portam como adultos.Ultimamente, algumas campanhas de marcas infantis vêm causando polêmica por conta de suas fotos, que trazem crianças com poses de mulheres adultas. Some a isso a maquiagem pesada e a manipulação da imagem através do Photoshop. E a gente nem precisa abrir uma revista: basta dar uma volta por aí e nos deparamos com meninas de legging e saia curtíssima, mostrando as “curvas”, decote generoso e cabelos já pintados. Nos pés, um saltinho pra completar. Não vou ser radical, mas acho que deve existir um equilíbrio. Hoje a gente já pode encontrar no mercado maquiagem (beeeem levinha) e esmaltes desenvolvidos especialmente para crianças (à partir de uma certa idade, claro), mas, gente, eu não posso deixar de registrar a minha indignação diante do desequilíbrio emocional de alguns pais. Vocês já devem ter visto fotos por aí de crianças em concursos de Misses Mirins… e é realmente muito triste que as pessoas estejam tentando redefinir o conceito de infância. Pelo amor de Deus, a inocência precisa ser preservada.
Além da roupa, da maquiagem e da postura de adulta, esses concursos submetem as meninas à uma competitividade absurda e totalmente desnecessária para a idade. Elas são julgadas não só pela beleza, mas também pela desenvoltura, fazendo que com que amadureçam muito mais rápido. Isso não pode ser saudável, de jeito nenhum! Ah, li outro dia que a mãe de uma Miss Mirim mandou colocar botox na filha de 7 anos. Francamente, isso é inadmissível!
Outro ponto que merece destaque é a erotização prococe nas meninas de hoje em dia. Entre 7 e 9 anos, já usam sutiã mesmo quando não têm nada para preencher a peça. Chapinha no cabelo, batom forte, mini saia, salto alto. Tem menina que eu vejo por aí que parece ter 10 anos a mais que a idade real. Absurdo!
É isso. Não podemos nos abster de discutir o que achamos aceitável ou não. A criança de hoje precisa ser criança, se vestir como criança e, principalmente, se portar como criança.

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